(Recebido por mail, autor desconhecido)
Naquele tempo, Jesus subiu ao monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem. Depois, tomando a palavra, ensinou-os dizendo:
Em verdade vos digo, bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles...
Pedro interrompeu:- Temos que aprender isso de cor?
André disse:- Temos que copiá-lo para o caderno?
Tiago perguntou:- Vamos ter teste sobre isso?
Filipe lamentou-se:- Não trouxe o papiro-diário.
Bartolomeu quis saber:- Temos de tirar apontamentos?
João levantou a mão:- Posso ir à casa de banho?
Judas exclamou:- Para que é que serve isto tudo?
Tomé inquietou-se:- Há fórmulas? Vamos resolver problemas?
Tadeu reclamou:- Mas porque é que não nos dás a sebenta e... pronto!?
Mateus queixou-se:- Eu não entendi nada... ninguém entendeu nada!
Um dos fariseus presentes, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada, tomou a palavra e dirigiu-se a Ele, dizendo:
Onde está a tua planificação? Qual é a nomenclatura do teu plano de aula nesta intervenção didáctica mediatizada? E a avaliação diagnóstica? E a avaliação institucional? Quais são as tuas expectativas de sucesso? Tens para a abordagem da área em forma globalizada, de modo a permitir o acesso à significação dos contextos, tendo em conta a bipolaridade da transmissão?Quais são as tuas estratégias conducentes à recuperação dos conhecimentos prévios? Respondem estes aos interesses e necessidades do grupo de modo a assegurar a significatividade do processo de ensino-aprendizagem? Incluíste actividades integradoras com fundamento epistemológico produtivo? E os espaços alternativos das problemáticas curriculares gerais?Propiciaste espaços de encontro para a coordenação de acções transversais e longitudinais que fomentem os vínculos operativos e cooperativos das áreas concomitantes? Quais são os conteúdos conceptuais, processuais e atitudinais que respondem aos fundamentos lógico, praxeológico e metodológico constituídos pelos núcleos generativos disciplinares, transdisciplinares, interdisciplinares e metadisciplinares?
Caifás, o pior de todos, disse a Jesus:- Quero ver as avaliações do primeiro, segundo e terceiro períodos e reservo-me o direito de, no final, aumentar as notas dos teus discípulos, para que ao Rei não lhe falhem as previsões de um ensino de qualidade e não se lhe estraguem as estatísticas do sucesso. Serás notificado em devido tempo pela via mais adequada. E vê lá se reprovas alguém! Lembra-te que ainda não és titular e não há quadros de nomeação definitiva.
... E Jesus pediu a reforma antecipada aos trinta e três anos...
quinta-feira, 19 de março de 2009
segunda-feira, 9 de março de 2009
A janela de JOHARI
A janela de JOHARI é um modelo de análise da personalidade que me parece bastante útil. Consiste em cruzar o que nós conhecemos de nós mesmos e o que os outros sabem acerca de nós.
Obtemos assim quatro vidraças. A primeira tem a ver com o conhecimento que partilhamos com os outros acerca de nós mesmos. A segunda apenas refere aquilo que nós sabemos acerca de nós mesmos, mas que os outros ignoram. A terceira diz respeito a tudo o que os outros sabem acerca de nós, mas que nós ignoramos. Por fim , a quarta vidraça é a área desconhecida de todos.
A primeira, a que chamamos face pública ou eu aberto, contém aquelas nossas caraterísticas que ostentamos e escolhemos partilhar com os outros. Estas caraterísticas podem ser vistas como forças ou fraquezas.
A segunda, a que chamamos face privada ou eu oculto, contém aspetos do nosso ser que nós reservamos para nós mesmos.
A terceira, a que vamos chamar face de aparência ou eu cego, contém aqueles aspetos que os outros notam em nós, mas que nós ignoramos. Também estes aspetos podem ser positivos ou negativos e afetam o modo como os outros agem em relação a nós.
A quarta, a que chamamos face desconhecida ou eu ignorado, abarca as nossas caraterísticas latentes, ainda não manifestadas, mas que existem no fundo da nossa personalidade.
Joseph Luft e Harry Ingham, os autores deste instrumento da psicologia cognitiva, propõem 55 adjetivos para a caraterização dos indivíduos, enquanto intervenientes na comunicação interpessoal e na sua relação com os outros. Cada participante deve escolher seis desses cinquenta e cinco adjetivos relativamente a si mesmo e relativamente ao seu parceiro. O tratamento a dar a essas escolhas fica dependente da comparação entre as escolhas efetuadas por cada participante em relação a si próprio ou dos outros em relação a ele. Arrumam-se os adjetivos nas 4 casas da janela de Johari. Os adjetivos escolhidos quer pelo participante quer pelos seus pares vão para a face pública. Quando os adjetivos são apenas escolhidos pelo participante, mas não pelos seus pares, vão para a face privada. Quando são apenas escolhidos pelos pares, vão para a face da aparência. Os adjetivos que não são escolhidos ficam na face desconhecida, sendo óbvio que alguns não se aplicam e outros ainda não se manifestaram na personalidade do participante.
Lista dos adjetivos: capaz, integrado, adaptável, atrevido, corajoso, calmo, delicado, alegre, esperto, complicado, confiante, confiável, digno, enérgico, extrovertido, amigável, altruísta, feliz, prestável, idealista, independente, engenhoso, inteligente, introvertido, amável, conhecedor, lógico, amoroso, maduro, modesto, nervoso, atento, organizado, paciente, poderoso, orgulhoso, sossegado, ponderado, relaxado, religioso, responsável, curioso, auto-consciente, assertivo, sensível, sentimental, tímido, tolo, espontâneo, simpático, tenso, sincero, terno, sensato, espirituoso.
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